quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A visita

Sonhei que visitava um belo lugar
Não sei dizer se era interno ou externo
Era real, mas era também imaginário
Fui andando pela escola,
Vendo coisas de crianças,
Lendo poesias,
na medida que caminho sei que é real,
mas compartilho com minhas vivências
é gostoso fazer isso,
poder olhar de novo algo
como se fosse a primeira vez,
e revisitar lugares, velhos conhecidos,
com a possibilidade de sentir
algo novo,
não ter de pensar, racionalizar, analisar
mas sentir
sinto uma energia diferente brotando,
vou lembrando da minha infância na escola,
quando chego no jardim
a lembrança viva é a do dia de parquinho,
estudava no colégio de freiras e ficava
tão sujinha,
que delícia lembrar-me disso,
sem medo e sem reprimendas,
lembrei do menino que sujava e eu o criticava
já em outro momento da minha vida,
como pré-adolescente é bobo né:
Essa minha nova fase, de permissões, descobertas,
Tem me feito muito bem,
Consigo viajar,
Por tantos lugares,
Posso viver tantas coisas sem sair do lugar
Ou saindo de fato,
O que importa
É que vivo, respiro, transpiro, declamo
Faço poesia, faço frase,
Danço, rio, choro, compartilho comigo
Minhas emoções,
Compartilho
Com a vida,
E sou mais feliz,
Mais intensa,
Mais fiel ao que sinto,
Penso
quero viver
Cada vão momento como se fosse a última
Gota d’agua cristalina que tenho para
Saciar minha fome de mundo,
Fome de poesia,
Fome de olhar o outro,
De sentir o toque,
De poder ser-sendo,
Fome que não é saciada
Nunca,
Mas que pode ser abrandada
A cada gesto seu,
A cada doce olhar,
A cada momento
Que construo ao lado de alguém,
Ou ao lado do meu próprio alguém,
Me repenso,
Me faço e me desfaço,
Me sinto mais leve, mais livre,
Mais feminima,
Sinto que dou conta, dos trancos e
Barrancos, das travessias curtas e
Das viagens também longas,
Estou munida de sentimento e magia!

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